terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O dia da criança deve ser também o dia do pré-adolescente

* Por Cícero Lascala

Para iniciar um tratamento ortopédico facial, a pré-adolescência é a melhor idade

A ortopedia facial ou ortopedia funcional dos maxilares é uma forma de tratamento que visa tratar as diferenças, ou melhor, as divergências do crescimento entre a maxila e a mandíbula, redirecionando, restringindo ou estimulando o crescimento por meio de aparelhos bucais. Para se ter uma idéia, o recém-nascido apresenta uma discrepância de crescimento entre a mandíbula e a maxila, o que dá a sensação de que o mesmo não tem queixo.

Esta característica fisiológica ajuda a passagem da cabeça do bebê na hora de seu nascimento. Nos meses seguintes, através do exercício da amamentação, a mandíbula cresce e se iguala à maxila, normalizando o perfil da criança. Para o Dr. Cícero Lascala, fundador e diretor da Odontologia Holística Lascala, de São Paulo, “a amamentação é a primeira ortopedia facial que conhecemos”.

Cirurgião especializado em ortopedia facial, ortopedia funcional dos maxilares, ortodontia e periodontia, com doutorado em Diagnóstico Bucal pela USP - Universidade de São Paulo, o Dr. Cícero explica que os dispositivos ortopédicos faciais foram desenvolvidos para atuar na fase de crescimento, quando se obtêm os melhores resultados. Em rapazes, na faixa dos 14 a 16 anos. Já em meninas, dos 12 aos 14 anos, logo após a primeira menstruação.

Segundo o especialista em ortopedia facial, “após a menarca ou primeira menstruação, só temos mais um ano ou um ano e meio de crescimento facial”. E ressalta: “veja bem, estou falando apenas do crescimento facial, já que o desenvolvimento corporal ainda continuará por um bom tempo, mas na face não”. E prossegue: “nos rapazes podemos contar com até dois anos de crescimento facial após a primeira ejaculação”.

Através do uso de aparelhos intrabucais altera-se a postura da mandíbula, estimulando-a a crescer, nos casos de Classe II, os “sem queixo”, ou restringindo seu crescimento nos casos de Classe III, os “queixudos”, trazendo um aumento do crescimento mandibular, de maneira gradual, até se obter o equilíbrio das bases ósseas.

Para o Dr. Cícero Lascala, passada a fase do crescimento facial só restará a jovens e adultos recorrerem a uma cirurgia ortognática e, por isso, é importante que meninos e meninas pré-adolescentes sejam submetidos a uma avaliação clínica por parte de um ortodontista e ortopedista facial, o que poderá dar a esses jovens pacientes, se necessário, um tratamento que lhes garanta uma aparência natural plenamente satisfatória, sem deixá-los expostos a gozações e apelidos constrangedores por parte de vizinhos e colegas de escola.

Consultoria: Prof. Dr. Cícero Lascala - mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela USP - Universidade de São Paulo, especialista em ortopedia facial, ortopedia funcional dos maxilares, ortodontia e periodontia. E-mail: contato@holisticalascala.com.br

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